Desde que o homem entendeu que o meio ambiente deve ser preservado para que as próximas gerações possam viver bem, práticas começaram a ser adotadas em vários âmbitos para devolver o que foi tirado da natureza em conjunto com o nosso bem-estar e qualidade de vida. Nesse caso, estamos falando da arquitetura sustentável, tópico que é de grande interesse para a arquitetura, design de interiores e construção civil.
Se antes a consciência em relação ao meio ambiente e o lixo que produzimos era tendência, hoje virou preocupação e responsabilidade de todos. Por esse motivo, vamos discutir sobre a definição de arquitetura sustentável, sua importância, seus processos na execução da obra e o que muda na vida dos moradores. Vamos lá?
O que é a arquitetura sustentável?
O conceito surgiu no começo dos anos 70, com a Conferência das Nações Unidas, quando os profissionais começaram a ter preocupações com a degradação desenfreada e poluição ambiental. Sendo assim, o objetivo foi encontrar soluções para a boa execução de uma obra alterando, minimamente, o ambiente natural da construção.
Em outras palavras, podemos caracterizar como a construção que utiliza os recursos naturais com sensatez, devolvendo o que foi tirado do meio ambiente e promovendo o desenvolvimento social e cultural.
Para isso, o conceito segue alguns princípios:
- uso de fontes de energia renováveis;
- redução no consumo de energia para aquecimento, refrigeração e iluminação;
- eficiência no uso de materiais de construção e descarte consciente de resíduos;
- consciência da hidrografia e ecossistema no entorno da obra.
Qual a importância e vantagens da arquitetura sustentável?
É muito importante que a geração atual tenha consciência e utilize alternativa para reduzir os impactos no meio ambiente que serão sentidos nas próximas gerações. Nesse sentido, a arquitetura sustentável garante a preservação do meio ambiente por meio de princípios e normas técnicas usadas pelos profissionais responsáveis pelas obras.
Vale lembrar que a preocupação não abrange somente as futuras gerações. Há também atenção com as condições de trabalho no canteiro de obras e com os futuros moradores. Afinal, garantir um espaço agradável e consciente para trabalhar e morar deve ser prioridade de qualquer construtora.
Para as construtoras
Para quem realiza a obra, o conceito beneficia em vários aspectos, sendo um deles o alcance de um novo patamar, à frente de competidores, com o uso de novas tecnologias e técnicas. Além disso, é possível oferecer um resultado esteticamente agradável e auxiliar na economia das contas de água e luz dos moradores.
Para o morador
Já que 94% dos brasileiros se preocupam com o meio ambiente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), é preciso mostrar quais são as consequências da arquitetura sustentável em uma construção para os futuros residentes.
Aliás, as vantagens são muitas, e entre elas podemos citar:
- redução de gastos com água e energia;
- redução na emissão de gás carbônico e outros gases poluentes;
- valorização do imóvel;
- menor custo de manutenção;
- fácil operação de equipamentos;
- promover a socialização entre os condôminos;
- áreas frescas e arejadas, com a implementação de áreas verdes.
Quais materiais são sustentáveis?
De maneira geral, é preciso compreender que a sustentabilidade é a ideia do empreendimento. Sendo assim, considera-se o uso de processos sustentáveis, e não materiais sustentáveis em uma obra sustentável. Afinal, do que adianta usar o concreto reciclado em um processo de construção que polui e gera muito resíduo?
É claro que o uso dos materiais corretos auxiliam nos processos de construção sustentável, confira alguns:
- madeiras certificadas, plásticas ou de demolição;
- ecogranito;
- concreto reciclado ou bioconcreto;
- tijolo ecológico;
- painéis solares e outras células fotovoltaicas, como a película, que é capaz de gerar cinco vezes mais energia solar do que as tecnologias atuais (algumas construtoras já pensam em adotar a ideia);
- escoras metálicas;
- bambu;
- lâmpadas de LED;
- telhas ecológicas;
- materiais biodegradáveis, como tintas;
- e outros.
Um desses processos é a implementação da fachada aerada, e tem como objetivo o conforto térmico e acústico. Ela é uma solução caracterizada pela instalação de um revestimento externo, com aproximadamente 20 cm de afastamento do edifício, criando um vão para a circulação de ar.
Esse bolsão de ar formado pelo vão da estrutura permite a ventilação vertical constante, evitando o aquecimento da fachada do edifício, resultando em um maior conforto térmico. Dentre outros benefícios, a técnica reduz a umidade do prédio, controla infiltrações, facilita a limpeza, outros.
Lembre-se que para que uma obra seja sustentável, ela deve possuir processos de execução sustentáveis e controle de qualidade. Dessa forma, é possível adquirir selos de certificação em sustentabilidade para o bem-estar do morador e valorização do imóvel.
Como funcionam processos sustentáveis com materiais não sustentáveis?
Não devemos deixar de lado a importância dos processos sustentáveis para a conjectura dos materiais não sustentáveis. Até porque, essa situação é bastante comum na construção civil.
Esses processos se referem à concepção, construção, operação e até eventual demolição do edifício. Por exemplo, o descarte de resíduos com materiais não sustentáveis será menor para obras que tenham processos sustentáveis. Eventualmente, essa é o objetivo das construtoras para o bem-estar dos moradores e preservação da natureza.
E então, entendeu o que é arquitetura sustentável? Esperamos que sim. Agora, que tal conhecer o nosso blog para mais conteúdos relacionados à construção civil?