Não é de conhecimento comum, mas há décadas o Brasil sofreu com a chamada crise energética. Diante desse cenário, houve uma busca grande pela redução do consumo energético por meio de investimento em soluções de energia renovável. O setor da construção civil apostou na eficiência energética de edificações para projetos que envolvem a iluminação, climatização e aquecimento de água.


De acordo com o Ministério de Minas e Energia, as edificações consomem quase a metade de toda a energia gerada no Brasil, levando em consideração prédios residenciais, comerciais e de serviços e públicos. Adicionalmente, o crescente uso de energia gera preocupações sobre o esgotamento dos recursos energéticos. Isso sem contar nos impactos ambientais causados, como a destruição da camada de ozônio, o aquecimento global, as mudanças climáticas e muitos outros.


Por isso, é importante pensar em como tornar o gasto de energia eficiente para conservar o meio ambiente. Nesse contexto, o conceito de eficiência energética de edificações surge como uma solução para contribuir com a sustentabilidade e economia de energia. Entenda mais sobre o conceito a seguir.

O conceito de eficiência energética

O conceito de eficiência energética pode ser caracterizado por fazer mais energia com menos recursos naturais, mas com o mesmo conforto e qualidade. Apesar de ser uma área em que as empresas devem se preocupar, a população também pode fazer a sua parte ao buscar equipamentos mais eficientes, como eletrodomésticos e lâmpadas.


Por exemplo, pode-se substituir a tradicional lâmpada incandescente pela lâmpada de LED, pois ela gasta até 90% menos que as convencionais. Dessa forma, o consumidor estará ajudando a poupar os recursos naturais disponíveis.

A importância de projetos com eficiência energética

É importante pensar em projetos que levam a sustentabilidade em consideração, tanto pela visão de mercado sustentável, quanto pela questão de economia de energia e recursos naturais. Os custos com a eletricidade, gás natural e água em empreendimentos prontos são consideradas as maiores despesas variáveis ​​que um morador encontra e têm grandes impactos no dia a dia.


Por isso, na hora projetar, muitas empresas implementam processos sustentáveis para auxiliar na economia de recursos dos empreendimentos após a construção.


Algumas ações podem ser tomadas por construtoras para reduzir o custo da energia e garantir uma boa eficiência energética em um projeto, como registrar fluxo de energia, assim como a emissão de CO2, encontrar pontos que podem gerar economia e outros.


Mesmo assim, é essencial reduzir o consumo de máquinas e equipamentos e isso pode ser feito por meio da instalação de instrumentos para auxiliar na eficiência energética, como os inversores de frequência.

Construções prontas podem aderir ao retrofit

Como citamos anteriormente, os custos que um edifício tem com energia, água e gás natural impactam diretamente em suas operações diárias. Por isso, para prédios que não possuem eficiência energética em seus projetos é possível adotar o retrofit focado em energia.


Os benefícios vão de economia relacionada à energia, custo reduzido na manutenção de equipamentos e conforto aos frequentadores.


No que diz respeito ao primeiro benefício, é possível realizar modernizações focadas em eficiência energética. Estamos falando em projetos de iluminação, climatizadores, caldeiras de condensação e bombas de calor, a fim de reduzir custos de energia do empreendimento.


Para os custos reduzidos de manutenção de equipamentos, saiba que é possível substituir máquinas e economizar nos custos de aquecimento e resfriamento de edifícios. Além disso, substituir materiais, como janelas que apresentam vazamentos, podem tornar um edifício mais resiliente às mudanças climáticas.


Ou seja, a eficiência energética por meio do retrofit é uma boa solução para edifícios em construção ou para os empreendimentos já prontos.

Como uma edificação pode ser reconhecida como eficiente

Existem etiquetas que identificam os tipos de eficiência energética usadas pelos edifícios no Brasil. Essa etiquetagem é destinada para empreendimentos comerciais, de serviços e públicos e residenciais.


Essa etiqueta pode ser concedida em dois momentos: na fase de planejamento e construção e após a entrega do edifício. Sendo assim, na fase de planejamento o edifício será avaliado pelo método chamado prescritivo ou pelo método da simulação. Quando o empreendimento já está construído ele deve ser avaliado por meio da inspeção in loco, que significa "no lugar" ou "no próprio local".


Para os edifícios comerciais, de serviços e públicos a etiquetagem é um pouco diferente. Isso porque são avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Sendo assim, pode-se conceder a etiqueta de forma parcial, com o ok da avaliação da envoltória.


Já nos edifícios residenciais são avaliados a envoltória e o sistema de aquecimento de água, assim como os sistemas das áreas comuns dos empreendimentos, como iluminação, elevadores, bombas centrífugas e outros.


Lembrando que a obtenção da etiquetagem é voluntária e a sua criação ainda é nova. Ela é oficializada e emitida pelo Organismo de Inspeção Acreditado (OIA), do Inmetro, destinado a Eficiência Energética em Edificações, também chamado de OIA-EEE.

Apesar disso, o cenário pode mudar com a criação de regulamentos pelo governo para que esse sistema seja obrigatório.


Compreendeu como a eficiência energética é uma questão de todos? Tanto as construtoras, quanto a população precisam adotar medidas sustentáveis para a preservação da natureza. Uma dessas medidas também compreende a gestão no descarte de resíduos em obras, sabia? Leia mais sobre o tópico no blog da Turano Construtora.

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