Na sociedade moderna em que vivemos, sabemos que a construção civil é extremamente importante. Ainda assim, esse segmento industrial é um dos que mais gera impacto no meio ambiente por meio do descarte de resíduos.
Isso porque muitos restos de materiais e entulhos demoram muitos anos para passarem pelo processo de decomposição. Sendo assim, criou-se uma preocupação em devolver o que foi tirado da natureza, a fim de evitar mais estrago. Por isso, lidar com o descarte correto é um tópico ditado por meio de leis e normas a nível municipal e federal.
Nesse contexto, a Construtora Turano quer mostrar para você como o descarte de resíduos é feito na construção civil de maneira responsável e sustentável, resultando no bem-estar dos funcionários na obra, dos moradores e das futuras gerações. Vamos lá?
O que são resíduos, de acordo com a legislação?
De acordo com a resolução de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), resíduos da construção civil são materiais residuais vindos de construções, reformas e demolições de obras. São incluídos nisso os resíduos da preparação do terreno.
Quais são os principais resíduos nas obras?
Alguns exemplos são:
- tubulações;
- resto de argamassas;
- restos de cola;
- rochas;
- gesso;
- telhas;
- vidros;
- resto de asfalto;
- metais;
- resinas;
- tijolos;
- resto de concreto;
- tintas;
- madeiras;
- arames;
- plástico;
- e outros.
Além disso, os resíduos podem ser de classe A, B, C ou D, dependendo de sua origem e possibilidades de reciclagem. Os de classe A são considerados trituráveis e vêm de construções, demolições, reformas, pavimentação, como os tijolos, telhas, placas de revestimento, concreto e argamassa.
Os resíduos classe B são os plásticos, papéis, metais, gesso, vidros e madeiras. Ou seja, podem ser reciclados. Já os de classe C são resíduos sem capacidade para reciclagem ou reutilização, como o gesso e o isopor. Por último, os de classe D são as tintas, solventes, amianto, óleos e outros, considerados resíduos perigosos.
Vale lembrar que todo resíduo é considerado perigoso, de certa forma. Estamos mencionando isso porque todos os materiais de construção possuem um processo químico envolvido e, por isso, além do tratamento devido na gestão desses resíduos, é muito importante o uso dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual) no canteiro de obra.
O que a lei diz sobre como descartar resíduos?
A lei 12.305, de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), promove as regras sobre as responsabilidades entre os geradores e transportadores de resíduos da construção civil. Isto é, o governo, juntamente com os geradores de resíduos, como as construtoras, passam a ser responsáveis pelo manuseio e finalidade do entulho.
Sendo assim, multas podem ser aplicadas caso ocorra descarte irregular e prejudicial ao meio ambiente, de acordo com a legislação. Adicionalmente, existem cinco normas sobre o tópico para estimular a destinação responsável, confira:
- NBR 15112/2004, tratando sobre os resíduos da construção civil, resíduos volumosos;
- NBR 15113/2004, trata dos resíduos sólidos, inertes e aterros;
- NBR 15114/2004, trata dos resíduos sólidos e áreas de reciclagem;
- NBR 15115/2004, trata dos agregados reciclados dos resíduos sólidos, e pavimentação;
- NBR 15116/2004, tratando sobre os agregados reciclados de resíduos sólidos e utilização na pavimentação e preparo de concreto.
Como uma construtora realiza o descarte de entulho?
Para a remoção de resíduos sólidos, construtoras providenciam caçambas, que são mandadas para o descarte adequado, como a lei exige. No caso de materiais como aço, madeira e papelão é possível reciclar com a ajuda de parceiros da área.
E os custos de toda essa remoção são altos: afinal, tudo que suja tem que limpar. Portanto, existe o custo com a mão-de-obra técnica e qualificada, custo da caçamba, custo de transporte e muito mais. Mas, mesmo assim, é necessário que toda construtora seja consciente nessas horas. Até porque, o ideal é contar com estes custos no orçamento.
Qual a relação com a sustentabilidade?
A sustentabilidade traz a busca pela eficiência. Ou seja, a escolha de materiais em processos sustentáveis é tido como uso correto e inteligente na construção civil. Isto é, toda obra necessita passar pelo controle de qualidade para garantir que processos sustentáveis foram realizados.
Apesar de parecer simples no papel, na realidade torna-se um desafio. A ideia é conciliar a construção de modo que contribua para a magnitude urbana do país, mas que também contribua para as futuras gerações por meio da sustentabilidade.
Essa proposta não depende somente das construtoras, mas também é preciso cooperação do governo, pois com as leis e normas eficazes apresentadas anteriormente seria possível reciclar 98% do entulho na construção civil. Porém, atualmente, o Brasil só suporta 21%, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon).
Uma maneira de alcançar tal feito é obtendo o selo verde de processos de qualidade que reduzem a produção de resíduos e desperdícios, como a Turano já pratica.
