Acordos globais são firmados sempre que existe uma preocupação comum sobre o futuro do planeta. Com o Acordo de Paris não foi diferente.


Diante do aumento da temperatura média da Terra, lideranças mundiais resolveram reunir-se para conter o aquecimento global e promover o desenvolvimento sustentável.


Mas o que este assunto tem a ver com a Construção Civil? Em um primeiro momento, estes dois temas podem até parecer bem distantes, mas existe uma relação forte entre eles.


Principalmente porque a área da Construção Civil é uma das mais poluentes e que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa.


O Acordo de Paris deixa claro que a crise climática precisa ser levada a sério. E não são apenas os governos que devem preocupar-se com isso.


Portanto, quem trabalha com construções civis deve ficar atento ao assunto. Por exemplo, você sabe o que significa “Pegada de Carbono”?


Este é um dos temas que vamos tratar neste conteúdo. Confira o texto, entenda qual a relação do Acordo de Paris com a Construção Civil e como contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta.


Qual a história do Acordo de Paris?


O Acordo de Paris foi assinado em 2015, mas entrou em vigor em novembro de 2016. Até 2017, 195 países tinham assinado o Acordo e 147 o ratificaram.


Ele estabelece metas e mecanismos que os países devem cumprir. O objetivo é conter o aquecimento no mundo a, no máximo, 2ºC até o final do século.


Mas a história de compromissos governamentais com o planeta começa muito antes. A primeira conferência internacional focada em problemas ambientais foi a Conferência de Estocolmo, em 1972. É importante fazer esse resgate para entender que não se trata de um assunto efêmero.


Apesar de a crise climática ser um assunto muito em voga nos últimos anos, o Acordo de Paris busca resolver problemas que foram intensificados a partir da Revolução Industrial.


Isso porque a intensa queima de combustíveis fósseis, por exemplo, usados para fins industriais, é um dos grandes causadores do efeito estufa e do aquecimento global.


Podemos dizer, então, que um dos principais objetivos do Acordo de Paris é reduzir a Pegada de Carbono no mundo. Quem também está muito alinhado a isso é a área da Construção Civil. Mas, o que é a Pegada de carbono?


O que é a Pegada de Carbono


A Pegada de Carbono é uma forma de calcular a emissão de gases poluentes que afetam a camada de ozônio.


Convertidos em carbono equivalente para que possam ser mensurados, os gases que entram no cálculo são:


  • Hidrofluorocarboneto
  • Metano
  • Óxido Nitroso
  • Dióxido de Carbono
  • Perfluorocarbonetos
  • Hexafluoreto de Enxofre


Todos eles estão ligados à produção de energia, de diferentes formas: energia elétrica, combustão de carros, agricultura... Além disso, cada um deles tem um potencial diferente para aquecer a atmosfera.


Este conceito está atrelado ao Acordo de Paris porque é através dele que é possível mensurar se os países estão ou não cumprindo com seus deveres.


Como a Pegada de Carbono é calculada


Para calcular a Pegada de Carbono que uma pessoa produz por ano, por exemplo, é preciso considerar uma série de coisas como: se a pessoa utiliza energia renovável, o quanto de ar condicionado utiliza, a frequência com que utiliza o carro e se utiliza sozinha…


Cada uma dessas atividades está relacionada a algum gás poluente. Quando se trata de governos ou empresas, ações como queimadas ou desmatamento são o que aumentam a Pegada de Carbono.


Mas existem duas formas técnicas de calcular isso: top down e bottom up.


  • Top Down: é preciso dividir a emissão de gases de uma entidade (um país, por exemplo) pela quantidade de pessoas que dela fazem parte.
  • Bottom Up: é somada a emissão de carbono de cada atividade, individualmente.


Esta é, portanto, uma forma de quantificar o quanto cada atividade prejudica o planeta em termos de poluição.


A relação da Construção Civil com a Pegada de Carbono


A Construção Civil, por usar muito de recursos naturais para manter seu funcionamento, tem grande participação na emissão de gases poluentes.


Nesse caso, a deterioração do meio ambiente não está relacionada apenas à construção em si, mas também ao que ela significa para o futuro.


Além de necessitar de recursos naturais para um canteiro de obras, um edifício também contribui para a Pegada de Carbono ao longo dos anos, com o consumo de energia elétrica, por exemplo.


Sem contar que a produção de cimento no Brasil corresponde a 19% das emissões de carbono do setor industrial. E as siderúrgicas correspondem a 35%.


Ou seja, a redução da Pegada de Carbono de um país está intimamente ligada ao ramo da Construção Civil. Afinal, esta área é responsável por parte do desenvolvimento das comunidades e não é possível paralisá-la. Mas é possível conduzir de outra maneira.


Construção Civil sustentável


Será que é possível manter uma relação saudável entre Construção Civil e meio ambiente? Ou estas duas coisas realmente não são compatíveis?


Na verdade, a Construção Civil e a sustentabilidade devem andar sempre lado a lado. Na atualidade, temos um grande aliado nesse debate: a tecnologia.


A tecnologia pode ser utilizada em todas as etapas do processo: do planejamento ao início das operações da edificação.


Leia mais sobre: Por que tecnologia e sustentabilidade andam lado a lado na Construção Civil?


Para que os impactos da Construção Civil no meio ambiente sejam os menores possíveis, e consequentemente diminuam a sua Pegada de Carbono, existem alguns pontos que merecem atenção:


  • Qual a procedência do material
  • Como ele foi extraído
  • Como os resíduos serão descartados
  • O que é possível reciclar
  • Preferência por materiais ecológicos e sustentáveis


Quando o projeto leva estes pontos em consideração, já está mais próximo de ser uma construção mais sustentável.


Se você quer saber mais sobre o assunto, inscreva-se na newsletter. Assim você sempre estará sabendo tudo sobre sustentabilidade.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, analisar o uso do site e auxiliar em nossos anúncios. Ao clicar em "aceitar", você concorda com o uso de cookies.